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sábado, 19 de fevereiro de 2011

                       NADA ERA DELE
                                     (Gioia Junior)
Disse um poeta certo  dia, fazendo referência ao Mestre amado:
"o berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era dele? Era emprestado!
E o manso jumentinho, que em Jerusalém chegou montado e palmas recebeu pelo caminho. Por acaso era dele? Era emprestado!
E o pão - o suave pão, que foi por seu amor multiplicado alimentando a
Multidão. Por acaso era dele? Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao lago e ficou alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!
E o famoso barquinho? Aquele barco em que ficou sentado Mostrando à multidão qual o caminho. Por acaso era dele? Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos, de Judas  que o traiu e de Pedro que o negou. Por acaso era dele? Era emprestado!
E o berço tumular, que depois do calvário foi usado de onde havia de ressuscitar. Por acaso era dele? Era emprestado!
Enfim, nada era dele! Mas a coroa que Ele usou na cruz
E a cruz que carregou e onde morreu, Essas eram de fato de Jesus! "
Isso disse um poeta certo dia, numa hora de busca da verdade;
Mas não aceito essa filosofia que contraria à própria realidade.
O berço, o jumentinho, o suave pão, os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto, eram dele a partir da criação; Ele os criou - assim diz a Escritura; mas a cruz que Ele usou, a rude cruz, a cruz negra e mesquinha, onde meus crimes todos expiou, essa cruz não era sua!
Essa cruz era minha!

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