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sexta-feira, 15 de abril de 2011

DEUS, NÃO ACEITA INSULTO!

NUVENS CLARAS, CÉU RISONHO, SOL BRILHANTE NAQUELE DIA
DEIXAVA A FACE DO PACÍFICO QUAL FOSSE UMA MELODIA.
AO LONGO DO HORIZONTE, VER-SE A PAISAGEM
QUE VEM SE APROXIMANDO, QUAL ESPLÊNDIDA MIRAGEM.

ENQUANTO O MAR DECLAMA UM POEMA QUE SIMPLIFIQUE,
PODEMOS CONTEMPLAR O MAJESTOSO TITANIC
NÁVIO DE PREPOTÊNCIA E DE TRÊS ANDARES,
MAIS DE DOIS MIL TRIPULANTES VIAJANDO SOBRE OS MARES.

PARECIA ABSOLUTO DITAR O PRÓPRIO DESTINO
AO ALARIDO DAS MÚSICAS, VER-SE OS PARES DANÇARINOS
QUE ENTREGUE AOS PRAZERES DAS BEBIDAS E LICORES
QUERIAM FAZER DA VIDA MIL TELAS MULTICORES.

BRADOS DE ALEGRIA,
GARGALHADAS ILUSÓRIAS
QUEM JAMAIS PENSARIA
NO TRÁGICO FIM DA HISTÓRIA.

O MAR ESTAVA CALMO E SERENO
A GELIDEZ DAS ÁGUAS ERA UM DOCE ACENO
DE UM QUADRO PITORESCO, UM QUADRO DE AMOR,
A GRATA NATUREZA SORRINDO PARA O CRIADOR.

O MANTO AZULADO CORTADO PELA LUA
SAUDA O TRANSATLÂNTICO QUE SOBRE AS ÁGUAS FLUTUA,
E EM MEIO AS ESTAMPIDOS DOS FOGOS LUMINARES
SURGI UM DIÁLOGO ENQUANTO O NAVIO PROSSEGUE SOBRE OS MARES.

UMA LINDA MULHER, VESTIDA COM TRAJES A RIGOR
EXCLAMA INDECISA AO JOVEM CONSTRUTOR:
ESTE NÁVIO TAO LINDO NÃO HÁ PERIGO DE SUBMERGIR?
COM OLHAR DE CENSURA ELE RESPONDEU A SORRIR:
FUI EU QUEM O CONSTRUIU, TENHO CERTEZA PROFUNDA
QUE ESTE NÁVIO NEM DEUS O AFUNDA.

O HOMEM SE EXALTOU, ULTRAPASSOU O SEU LIMITE
E JOGOU PARA O INSULTO EM DINAMITE
E DEUS QUE O CORAÇÃO DO HOMEM ESTAVA ENTENDENDO
COM SUA CANETA IMPERIOSA SOBRE AS ÁGUAS FOI ESCREVENDO:

JAMAIS DAREI A OUTRO A MINHA GLÓRIA
O HOMEM TEM QUE SABER QUEM É O GRANDE NESTA HISTÓRIA
QUEM É O HOMEM PARA QUE A ELE EU ME INVERGUE
A FRENTE DESTE NÁVIO EU POREI UM ICEBERG.

E O LUXUOSO NÁVIO, O TRANSATLÂNTICO DE AÇO
COMEÇARA ENTÃO O SEU TERRIVEL FRACASSO
NUMA GRANDE PEDRA DE GELO ELE BATEU
E O CASCO QUE ERA TÃO POSSANTE LOGO SE FENDEU.

AS ÁGUAS FORAM ENTRANDO
E O NÁVIO AOS POUCOS AFUNDANDO
PERDEU A TOTAL DIREÇÃO
O PÂNICO E O ALVOROÇO TOMOU CONTA DA TRIPULAÇÃO.

E ENTRE CENTENAS DE QUARTOS,
NÃO SE OUVIA UMA CANÇÃO DE NINAR
MAS UMA POBRE MÃE CUJA DOR ENVOLVIA-LHE O DIAFRAGMA
COM O ROSTO BANHADO EM LÁGRIMAS
AOS PEQUENINOS FILHOS UMA HISTÓRIA SE PÔS A CONTAR.

ERA UMA VEZ...
AS CRIANÇAS LOGO ADORMECERAM
PARA NÃO VEREM A TERRÍVEL MORTE
FOI UM QUADRO HORRÍVEL E DOLOROSO
ISSO PORQUE O HOMEM DESAFIOU O GRANDE DEUS TODO PODEROSO.

E EM MEIO AO CLAMOR DE MULHERES E CRIANÇAS
QUE DECLARAVAM NÃO HAVER MAIS NENHUMA ESPERANÇA:
PRANTO, GRITO, CHORO A TODO INSTANTE
OUVE-SE O BRADO VINDO DO COMANDANTE:

NÃO PAREM A MÚSICA
CONTINUEM TOCANDO
PARA ASSIM ACALMAR
OS QUE ESTAVAM SE DESESPERANDO.

E OS MESMOS QUE TOCARAM PARA DANÇA
FIZERAM O SOLO MUSICAL DE UMA BELA E LÍRICA ESPERANÇA
E ENQUANTO DO NÁVIO TRAÇADO PELO DESTINO
OUVE-SE O SOM VINDO DOS VIOLINOS:

(Canta-se o hino)
MAIS PERTO QUERO ESTAR
MEUS DEUS DE TI
INDA QUE SEJA A DOR
QUE ME UMA A TI.


E O IIMENSO OCEANO ABRIGAVA EM SEU SEIO
O GIGANTE TRANSATLÂNTICO QUE PARTIDO FORA AO MEIO
VINTE BARQUINHOS, PARA SALVAR AS VIDAS
E AOS BEIJOS E ABRAÇOS FAMÍLIAS ERAM DIVIDIDAS.

HOUVE SUICIDIOS, OUTROS LANÇARAM-SE AO MAR
E OS VIOLINISTAS DESPEDIRAM-SE
AO TERMINAR DE TOCAR
E A NATUREZA CHORANDO
ASSISTINDO AO FIM TRAGICO DO TITANIC AFUNDANDO.
AS GLÓRIAS DE UM HOMEM, AS RIQUEZAS DE UM NÁVIO.
EVAPOROU-SE NO OCEANO, QUAL FUMAÇA DE UM PÁVIO.

E ASSIM É ESTE IMENSO GLOBO TERRA
ESQUECENDO-SE DE DEUS VIVE O MAU CHEIRO DE GUERRA
NO EGOISMO SE LANÇA PARA QUE MAIS SE ENRRIQUEÇA
ESTÁ SEMELHANTE AO NAVIO QUE POR CERTO LOGO DESAPAREÇA.

PARA SALVAR DOIS MIL TRIPULANTES
VINTE BARQUINHOS HAVIA NO CENÁRIO.
JESUS É O ÚNICO BARCO QUE SALVA A HUMANIDADE
COM O SANGUE DO CALVÁRIO.

QUE CHEIO DE COMPAIXAO, NO SORRISO DA PAISAGEM
AINDA IMPLORA AO PAI:
PAI PERDOA-LHES PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM.

MAS FIQUE SABENDO O INDOUTO ATÉ O HOMEM MAIS LETRADO
DESDE A CRIANÇA AO ADULTO
DEUS É SUPREMO, DEUS É SAGRADO
DEUS NÃO ACEITA INSULTO.

AUTOR DESCONHECIDO

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